quarta-feira, maio 30, 2007

China na Frente

China na Frente

Desde o inicio dos anos 90, tenho ido a China a negócios e tenho tido a oportunidade de observar, de perto, o crescimento econômico e tecnológico do “dragão” asiático. No setor de TI (Tecnologia da Informação), o Brasil, no inicio dos anos 90, estava na frente da China em praticamente todas as áreas, particularmente no setor de software. Hoje, estamos ficando para trás e de forma rápida. Os números divulgados pelo Ministério da Indústria da Informação Chinês apontam para vendas de software da ordem de US$ 143 bilhões em 2010. Daqui a três anos, portanto. Outro dado importante é o crescimento das exportações chinesas de software na casa dos 28% anuais. Isso significa uma receita de US$ 12,5 bilhões no final da década. O Brasil, aparentemente, perdeu mais um “bonde comercial”. É uma pena.

Biometria e Bancos

A busca por sistemas de informática cada vez mais seguros faz com que os bancos invistam, pesado, em tecnologia. O banco suíço Pictet, tornou-se o primeiro banco do mundo a utilizar sistemas biométricos (que usa reconhecimento facial, por exemplo, para identificação de pessoas) como único meio de controle de acesso e movimentação das contas-correntes, dispensando assim, o uso de senhas. A tecnologia utilizada, faz a captura fotográfica do rosto do cliente, criando um arquivo em 3 dimensões, com mais de 40 mil pontos de dados identificáveis. Para utilizar a conta-corrente, o cliente deve colocar a face diante de um scanner para compará-la com a imagem que está armazenada nos computadores do banco, a face sendo reconhecida o uso da conta é liberado.

Diminui a Pirataria de Software

Conforme estudo da empresa de consultoria especializada em informática, IDC, houve uma diminuição da prática de pirataria de software, no Brasil. Nessa quarta edição do “Estudo Anual Mundial de Pirataria de Software”, encomendado a IDC, pela BSA - Business Software Alliance (entidade que representa a industria de software americana), revelou que 60% do software instalado nos computadores brasileiros, em 2006, foi obtido ilegalmente, e que as cópias ilegais geram um prejuízo de US$ 1,2 bilhão à indústria de software do país. A boa noticia é que essa taxa é menor que a de anos anteriores e ficou abaixo da média latino-americana, que foi de 66%. De acordo ainda com o estudo, de 102 países pesquisados, entre 2005 e 2006, o índice de pirataria caiu em 62 e aumentou em 13.

Pesquisa da ABINEE

Pesquisa realizada, em abril passado, pela ABINEE – Associação Brasileira da Industria EletroEletrônica com empresas do setor de TI demonstrou que a indústria de informática (notadamente computadores e impressoras) mantém nível alto de produção, impulsionada pela diminuição da carga fiscal incidente sobre seus produtos e da baixa do valor do dólar. Diferente dos fabricantes de componentes eletrônicos, que continuam com dificuldades com a concorrência dos produtos importados da China.