quinta-feira, janeiro 22, 2009

2009

2009

Nessa primeira coluna do ano, vou (tentar) atender aos pedidos de diversos leitores que querem saber minha opinião sobre quais tecnologias e soluções de TI (Tecnologia da Informação) devem ser destaques e foco de investimentos, ao longo do ano, nas empresas. No meu entender as empresas vão buscar e usar, soluções e tecnologias que maximizem os recursos já existentes, tanto materiais quanto de pessoal, afinal o ano será complicado, principalmente nesse primeiro semestre, devido à crise financeira mundial. Acredito que sistemas de gerenciamento de informações (com vistas a melhorar o fluxo e uso das informações nas empresas e nos parceiros de negócios) estarão no topo dos investimentos em 2009 (o setor bancário, por exemplo, já sinaliza nessa direção), sistemas de gestão de RH (Recursos Humanos) também vão ser prioridade (fazer mais com o mesmo número de colaboradores usando melhor a habilidade de cada um). Também soluções que minimizem gastos operacionais, a exemplo de sistemas de controle de impressão (para empresas que geram muita demanda desse tipo de serviço) com vistas à diminuição drástica de custos, serão alvo de investimentos em 2009. Claro que teremos muito mais itens, mas estes sistemas e outros complementares serão, na minha opinião, os mais demandados ao longo do ano. Vamos ver se minhas “previsões” se confirmam.

Lei de Propriedade Industrial

Uma pesquisa recém publicada e denominada de "Propriedade Intelectual e Inovação: Uma Análise de Dez Instituições Brasileiras" e feita pela empresa Prospectiva Consultoria Brasileira de Assuntos Internacionais mostrou que a maioria dos pesquisadores brasileiros trabalha no setor público, principalmente nas universidades federais, e tem uma grande produção acadêmica. Entretanto a geração de produtos comerciais e registros de patentes é muito pequena. Aos poucos, essa realidade vem mudando com a Lei de Propriedade Industrial. Mas falta muito a fazer. Para se ter uma idéia de como estamos, os pesquisadores brasileiros produziram, em 2006, 2% dos artigos indexados pelo ISI - Institute for Scientific Information, um número excelente, mas todos estes artigos técnicos geraram apenas 0,2% dos pedidos de patentes mundiais. É muito pouco! Precisamos investir mais recursos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). O Brasil investe apenas 1% do PIB - Produto Interno Bruto, em pesquisa, enquanto que os países do primeiro mundo, por exemplo, investem em média, 2,5% do PIB.

França

Os acordos militares, recém assinados entre o Brasil e a França, vão ajudar também a mudar, para melhor, o quadro acima. É sabido que as empresas de base tecnológica que atuam no segmento militar, geram muitas patentes e novos produtos que, tanto tem aplicação militar quanto civil. E esses acordos vão fortalecer e desenvolver várias dezenas de empresas brasileiras que trabalham na área.

PRIME

Depois de idas e vindas, a FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos, braço financeiro e de investimentos do MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia, colocou em marcha o programa PRIME (Programa Primeira Empresa). O PRIME vai financiar 18 incubadoras-âncoras espalhadas pelo Brasil e prevê investimentos de R$ 600 milhões para apoiar 5 mil MPEs (Micro e Pequenas Empresas) até 2011. Uma ótima notícia para o início do ano.