terça-feira, março 30, 2010

ITN

ITN

O ITN - Instituto Tecnológico Naval será instalado no Estado de Santa Catarina, no “Sapiens Park”, ao norte da Ilha de Santa Catarina, através de uma PPP - Parceria Público-Privada. A PPP é liderada pelo grupo EBX do empresário Eike Batista e composta por entidades do Governo do Estado, com a Fundação Certi, Fapesc e as Secretarias de Articulação Internacional e Assuntos Estratégicos. O ITN vai ser o primeiro instituto do Brasil voltado para a tecnologia naval, oferecendo graduação de nível superior em técnicas de construção naval avançada, com uso intensivo de TI (Tecnologia da Informação) e engenharia mecânica. A idéia é replicar na área naval, o sucesso do ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica que propiciou ao longo dos últimos 60 anos, um desenvolvimento muito grande no setor aeroespacial brasileiro, a exemplo da EMBRAER (Empresa Brasileira de Aeronáutica) 3ª. maior fabricante de jatos comerciais do mundo. Na fase de instalação do ITN serão investidos R$ 15 milhões. Uma boa notícia, visto que com a criação de vários estaleiros de norte a sul do país, se faz necessário investimentos maciços em educação e tecnologia no segmento.

Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas

O SBRT – Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas, mantido através de uma parceria entre o MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia, Sebrae, Senai, e outras instituições, disponibiliza via Internet uma ferramenta de consulta para que os empresários possam tirar dúvidas técnicas sobre as tecnologias e soluções que podem ajudar a empresa a melhorar produtos, diminuir custos de produção e melhorar a qualidade do que é fornecido ao mercado consumidor, promovendo assim o crescimento do negócio. No SBRT especialistas analisam e respondem perguntas técnicas de qualquer natureza enviadas por pessoas físicas ou jurídicas que ajudam muito a resolver problemas produtivos, sem custos, principalmente das MPEs (Micro e Pequenas Empresas). O serviço pode ser acessado pelo endereço www.respostatecnica.org.br e no ano passado recebeu e respondeu mais de 16 mil consultas de todo Brasil. A meta para 2010 é ultrapassar as 25 mil, consultas e diversificar os segmentos econômicos atendidos, visto que, em 2009, 80% das questões foram originadas de empresas ligadas ao agronegócio e à alimentação.

Obstáculos a Indústria TI

Nas últimas semanas, o debate em torno da redução da carga horária de 44 para 40 horas semanais, com um projeto já em tramitação no Congresso Nacional, vem crescendo entre os empresários dos diversos setores econômicos brasileiros. Particularmente, para o segmento de TI este debate tem uma relevância extremamente importante, diria até de sobrevivência com relação à concorrência com outros países, como Índia, China e países do leste europeu. Nos últimos 30 anos os empresários brasileiros de TI conseguiram construir um segmento forte e respeitado, inclusive no exterior. Vale salientar que esse desenvolvimento, em maior e menor grau, aconteceu em todas as regiões do país. Temos pólos tecnológicos (a maioria formados por empresas de TI), desde o Nordeste (a exemplo de Campina Grande – PB, Recife – PE, Ilhéus – BA) até o Sul e Centro-Oeste, sem falar que também nessas regiões cidades do interior passaram a ter destaque (como Londrina-PR e Blumenau-SC). Esses pólos fogem do tradicional eixo econômico Rio de Janeiro – São Paulo. Isso é um fato. Nesse momento, a questão da carga horária se torna relevante para as empresas de TI. Pois o custo operacional é basicamente de mão de obra (entre 70 e 80% do total geral) e um acréscimo de custo neste item, acarretando perda de competitividade com empresas de outros países, pode significar a perda de todo este esforço.

Mais Obstáculos a Indústria TI

Vale destacar que o segmento de TI no Brasil, é formado, segundo os últimos dados disponíveis, por pequenas empresas. São mais de 67 mil empresas, sendo 85% de pequeno porte. O que é não é muito diferente, por exemplo, de países como a Alemanha. A diferença aqui, dentre outras coisas, é a elevada carga tributária, custos sociais da mão de obra (sem a devida contrapartida por parte do Governo com serviços de saúde, educação e segurança pública, por exemplo) e questões ligadas à terceirização, com a conseqüente transferência de responsabilidades trabalhistas. Neste último ponto, importante para quem faz P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) como às empresas de TI. O projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional, “permite a possibilidade de um consultor de uma empresa prestadora de serviço, questionar na justiça o pagamento de encargos trabalhistas à empresa contratante do serviço”. Assim, fica arriscado contratar consultoria em P&D ou outro tipo de serviço, externamente, tendo que fazer tudo internamente, aumentando os custos. Esses obstáculos, não existem para empresas em países com a Índia e a China. Será que este é motivo do avanço deles nas últimas décadas? Há 20 anos eles estavam atrás do Brasil no setor de TI. Hoje estão bem à frente! Outro fato!