terça-feira, março 30, 2010

Sem Banda Larga

Sem Banda Larga

“Um passo para frente e dois para trás” é assim que o segmento de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) analisa a não inclusão no PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento, parte 2) do Governo Federal de ações relacionadas ao PNBL - Plano Nacional de Banda Larga (a chamada Internet de alta velocidade). Mesmo com a promessa de ser incluído no PAC 2, ao longo dos últimos meses, não foi cumprida. O que chama mais a atenção é que todos sabem da necessidade deste tipo de infraestrura para o desenvolvimento técnico e econômico do país, o governo não colocou nenhum investimento. Como promover inovação, pesquisa, ciência e tecnologia sem esse tipo de suporte de comunicação?

Sem TI

Na realidade no PAC 2 as áreas de TI e Telecomunicações não foram contempladas com nenhuma política de incentivo ou investimento. Só estão previstos investimentos em saneamento básico, energia, transporte e construção civil. Claro que esses setores são importantes e precisão de investimentos, mas TI e Telecomunicações no mundo atual, são os pilares do desenvolvimento econômico. É só olhar o que a China e a Índia estão fazendo e o que fez Israel e a Coréia do Sul nos anos 90 do século passado. Nem a “TV Digital” foi contemplada e este (TV Digital) é um setor onde o Brasil ta na briga para criar um padrão de alcance mundial, no mínimo para América do Sul e África. Ou seja, todo esforço até agora feito pode ser jogado na lata do lixo. É lamentável!

Subvenção Econômica

A FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos, entidade ligada ao MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia, divulgou o primeiro relatório com resultados do PSE - Programa de Subvenção Econômica as EBTs - Empresas de Base Tecnológica brasileiras. O PSE acaba de completar 4 anos de vigência e o relatório foi baseado na análise de 27 projetos dos 825 incentivados. Dos projetos analisados, 22 foram contratados no edital de 2006 e cinco no de 2007. Um dos resultados destacados no relatório é o crescimento de 65,94% no faturamento médio das empresas participantes. Com relação as atividades de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), todas as empresas pesquisadas afirmaram que os investimentos na área são constantes e foram reforçados com os recursos oriundos do PSE. No período 2006 – 2009, a FINEP investiu no programa R$ 1,6bilhão.

Mais Engenheiros

Um estudo divulgado pelo IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, afirma que o Brasil não precisa formar mais engenheiros, além dos formados atualmente pelas Universidades brasileiras, pelo menos enquanto o crescimento do PIB – Produto Interno Bruto, não passar de 5% ao ano. Entretanto, um maior crescimento econômico poderá gerar um déficit de engenheiros, afirma o IPEA. Caso o PIB cresça acima dos 5% ao ano até 2022, a formação de engenheiros, nas taxas atuais, será insuficiente para atender o mercado. Hoje o país dispõe, com base em dados do Censo Populacional e do MEC - Ministério da Educação, de 750 mil engenheiros. Pelas previsões do IPEA, até 2012 o País terá mais 220 mil engenheiros formados. A questão também é melhorar a qualidade da formação destes engenheiros e não só aumentar a quantidade.